Quantcast
Channel: QUADRISÔNICO » Jimmy Fallon
Viewing all articles
Browse latest Browse all 6

Retrospectiva 2011 – televisão

0
0

Quando as duas notícias mais importantes de 2011, no âmbito da televisão, foram o surto de Charlie Sheen e o “eu comeria ela e o bebê” de Rafinha Bastos, só dá para concluir uma coisa: sinal dos tempos.

Em um ano em que cada vez menos gente assistiu à TV no modelo antigo sentar-e-acompanhar-a-programação e que a Netflix finalmente aportou no Brasil (de forma capenga, mas aportou), a queda de qualidade das TVs abertas e a cabo já superou o status de “realidade” para se tornar “caso perdido”.

Mas este não vai ser um texto para reclamar dessa tendência que já dura anos e deve durar uns anos ainda. Mas é evidente que tal tendência é fator preponderante para os casos específicos dos últimos doze meses.

“Two and a Half Men” perdeu Charlie “loki winning” Sheen, e entre a decisão triste porém digna (acabar com o programa) e a sacana porém ainda lucrativa (substituir Sheen), a CBS optou pela segunda, ao despertar a ira dos fãs de longa data com Ashton Kutcher como alternativa. Rendeu alguns picos de audiência, mas some-se a lacuna “impreenchível” de Sheen e o fato de ser uma série bem antiga, e concluímos que dificilmente passe de 2012.

As outras séries gringas continuam na pasmaceira; o fenômeno de 2010 “Walking Dead” deu uma pioradinha na segunda temporada, o novo J.J. Abrams “Person of Interest” ainda não disse a que veio, e nenhuma das demais séries novas se mostraram imprescindíveis. “Lost” ainda deixa saudades…

Já no Brasil, a grande má notícia foi a decadência do ex-melhor programa do país, o “CQC”. Falar que a conturbada saída de Rafinha Bastos e a despedida de Danilo Gentili tiveram a ver com isso é chover no molhado, mas o principal fator, a meu ver, é o desgaste natural da fórmula. Já os demais programas de humor seguem caídos – sim, “Pânico”, estou falando com você, pois os outros eu nem levo em conta. E talvez essa falta de graça tenha ajudado a causar a overdose de críticas a piadas politicamente incorretas na TV brasileira em 2011.

Mas nem tudo é má notícia. Na gringa, o talk show de Jimmy Fallon vem se mostrando um excelente agitador musical, com boas bandas indies tocando por lá. A quarta temporada da série veterana “Fringe” está sensacional, dizem (não cheguei lá ainda, estou vendo a primeira). E o novo “Thundercats”, quem diria, é bem interessante e trouxe inovações boas ao desenho original.

No Brasil, em meio a “Tapas e Beijos”, Patrícia Poeta no “Jornal Nacional”, a eterna Luciana Gimenez e outras infinitas bobagens, ainda há uma luz ao fim do túnel: ninguém menos que o octagenário Silvio Santos, que sozinho diverte e faz mais graça que todos os programas de humor juntos.

Também vale menção honrosa a programação geral da MTV em 2011, que com o “Goo”, “Na Brasa”, “Grampo”, “Mod” e “Furo”, voltou a priorizar música, bom conteúdo e humor ousado, além de nos brindar com as melhores humoristas da TV atual: Dani Calabresa e Tatá Werneck. Veremos quanto tempo isso vai durar.

Top notícias de TV em 2011:

* Charlie Sheen saindo barraqueiramente de “Two and a Half Men”
* “Walking Dead” fail
* A frustrante série nova de J.J. Abrams, “Person of Interest”
* Thundercats novo
* “Fim” do CQC
* Netflix no Brasil
* Jimmy Fallon e seu talk show indie


Viewing all articles
Browse latest Browse all 6

Latest Images





Latest Images